sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Deficientes visuais e as tecnologias

A cada dia a tecnologia tem facilitado nossas vidas. Antigamente, poucas pessoas podiam comprar um computador. A primeira vez que tive contato com um foi na sexta
série (hoje sétimo ano do ensino fundamental) na escola. Lembro que era utilizado o sistema operacional DOS. Na época, eu ficava sentada ao lado de algum colega
no laboratório de informática da escola, só ouvindo o que os professores falavam e observando os alunos mexerem nos computadores. Ainda não conhecia nenhum programa
que pudesse ser utilizado por nós, deficientes visuais.

O primeiro programa que utilizei foi o Dosvox. Desde então, comecei a me interessar pela informática.
Depois de
um tempo, na época em que começou a ser utilizado o windows , tive a oportunidade de utilizar o leitor de telas Virtual Vision. Depois, comecei a utilizar o leitor de telas Jaws. Após utilizar por um período o Jaws, descobri que havia um leitor de telas gratuito e de código
aberto chamado NVDA. É difícil dizer que esse leitor de telas é melhor do que aquele. Um
funciona melhor no Firefox, outro no Internet Explorer, Outro no Microsoft Office, etc.
Com certeza, existem outros programas. Estou citando somente os que conheço e já utilizei.

A informática trouxe bastante independência para nós deficientes visuais. Antigamente, se quisesse mandar uma carta para alguém que enxerga, tinha que pedir para
escreverem para mim. Hoje, mando um e-mail e pronto. Há uma infinidade de coisas que podemos fazer com autonomia graças à tecnologia.

Há um tempo atrás era comum termos computadores em nossas casas. Hoje, é comum as pessoas terem notebooks. Os notebooks, por sua vez, estão ficando para trás, dando
lugar aos tablets e i-pads.

Para nós, deficientes visuais, utilizarmos tablets, recorremos ao aplicativo Talkback (mesmo aplicativo utilizado em celulares com Android). Já os i-pads
utilizam o Voice Over (o mesmo utilizado nos Iphones e ipods).

Outra coisa que vem evoluindo rapidamente são os celulares. Na época em que eles começaram a se popularizar, infelizmente, não
havia nenhum programa de síntese de voz que pudesse ser utilizado
por deficientes visuais.

Após um tempo, surgiu um programa chamado Talks que podia ser instalado em celulares da Nokia que
utilizam o sistema Symbian. Para nós, deficientes visuais, foi
uma maravilha, pois podíamos utilizar a agenda do celular, mandar e ler sms sozinhos, etc. O problema era que além de comprarmos o celular tínhamos que comprar
a licença deste software que não era barato. Hoje, podemos utilizar com acessibilidade celulares com tela touch que possuem os sistemas Android e IOS. O interessante
é que hoje podemos comprar um celular em qualquer loja e ativar na hora o talkback ou o voice over.

A vantagem do celular é que ele é pequeno, podemos levar em qualquer lugar, fazer e receber ligações, a maioria já vem com câmera que nos possibilita tirar fotos
e filmar, podemos verificar nossos e-mails, navegar na internet,utilizar o GPS, assistir filmes, ouvir rádio, etc.

A cada dia estão sendo criados aplicativos para serem utilizados em celulares que vém facilitando cada vez mais nossas vidas.

Mais coisas que existem e facilitam a vida dos deficientes visuais:
Relógio braille, relógio falante, calculadora falante, Telefone fixo com bina falante, balança falante, termômetro falante, aparelho de pressão falante, Impressora
Braille, etc.

Hoje, fica difícil imaginar nossa vida sem toda essa tecnologia.

Até agora falei da parte boa, agora, vamos analisar a parte ruim.

Há muitas coisas que são avançadas tecnologicamente, mas que são pouco acessíveis para deficientes visuais. A maioria dos micro ondas, impressoras, etc estão sendo
fabricadas com todos os botões touch. Por não terem botões em relevo ou programas de voz, acabam se tornando inacessíveis para cegos. Isso é ruim porque precisamos
de ajuda para realizarmos tarefas simples como ligar e programar o micro ondas, etc. Outro ponto negativo é que há diversos produtos adaptados para deficientes
visuais, mas infelizmente para adquirirmos no Brasil são muito caros.

Nem tudo é perfeito. Como tudo na vida, sempre há o lado positivo e o negativo das coisas.

Deficientes visuais e as tecnologias

A cada dia a tecnologia tem facilitado nossas vidas. Antigamente, poucas pessoas podiam comprar um computador. A primeira vez que tive contato com um foi na sexta
série (hoje sétimo ano do ensino fundamental) na escola. Lembro que era utilizado o sistema operacional DOS. Na época, eu ficava sentada ao lado de algum colega
no laboratório de informática da escola, só ouvindo o que os professores falavam e observando os alunos mexerem nos computadores. Ainda não conhecia nenhum programa
que pudesse ser utilizado por nós, deficientes visuais.

O primeiro programa que utilizei foi o Dosvox. Desde então, comecei a me interessar pela informática.
Depois de
um tempo, na época em que começou a ser utilizado o windows , tive a oportunidade de utilizar o leitor de telas Virtual Vision. Depois, comecei a utilizar o leitor de telas Jaws. Após utilizar por um período o Jaws, descobri que havia um leitor de telas gratuito e de código
aberto chamado NVDA. É difícil dizer que esse leitor de telas é melhor do que aquele. Um
funciona melhor no Firefox, outro no Internet Explorer, Outro no Microsoft Office, etc.
Com certeza, existem outros programas. Estou citando somente os que conheço e já utilizei.

A informática trouxe bastante independência para nós deficientes visuais. Antigamente, se quisesse mandar uma carta para alguém que enxerga, tinha que pedir para
escreverem para mim. Hoje, mando um e-mail e pronto. Há uma infinidade de coisas que podemos fazer com autonomia graças à tecnologia.

Há um tempo atrás era comum termos computadores em nossas casas. Hoje, é comum as pessoas terem notebooks. Os notebooks, por sua vez, estão ficando para trás, dando
lugar aos tablets e i-pads.

Para nós, deficientes visuais, utilizarmos tablets, recorremos ao aplicativo Talkback (mesmo aplicativo utilizado em celulares com Android). Já os i-pads
utilizam o Voice Over (o mesmo utilizado nos Iphones e ipods).

Outra coisa que vem evoluindo rapidamente são os celulares. Na época em que eles começaram a se popularizar, infelizmente, não
havia nenhum programa de síntese de voz que pudesse ser utilizado
por deficientes visuais.

Após um tempo, surgiu um programa chamado Talks que podia ser instalado em celulares da Nokia que
utilizam o sistema Symbian. Para nós, deficientes visuais, foi
uma maravilha, pois podíamos utilizar a agenda do celular, mandar e ler sms sozinhos, etc. O problema era que além de comprarmos o celular tínhamos que comprar
a licença deste software que não era barato. Hoje, podemos utilizar com acessibilidade celulares com tela touch que possuem os sistemas Android e IOS. O interessante
é que hoje podemos comprar um celular em qualquer loja e ativar na hora o talkback ou o voice over.

A vantagem do celular é que ele é pequeno, podemos levar em qualquer lugar, fazer e receber ligações, a maioria já vem com câmera que nos possibilita tirar fotos
e filmar, podemos verificar nossos e-mails, navegar na internet,utilizar o GPS, assistir filmes, ouvir rádio, etc.

A cada dia estão sendo criados aplicativos para serem utilizados em celulares que vém facilitando cada vez mais nossas vidas.

Mais coisas que existem e facilitam a vida dos deficientes visuais:
Relógio braille, relógio falante, calculadora falante, Telefone fixo com bina falante, balança falante, termômetro falante, aparelho de pressão falante, Impressora
Braille, etc.

Hoje, fica difícil imaginar nossa vida sem toda essa tecnologia.

Até agora falei da parte boa, agora, vamos analisar a parte ruim.

Há muitas coisas que são avançadas tecnologicamente, mas que são pouco acessíveis para deficientes visuais. A maioria dos micro ondas, impressoras, etc estão sendo
fabricadas com todos os botões touch. Por não terem botões em relevo ou programas de voz, acabam se tornando inacessíveis para cegos. Isso é ruim porque precisamos
de ajuda para realizarmos tarefas simples como ligar e programar o micro ondas, etc. Outro ponto negativo é que há diversos produtos adaptados para deficientes
visuais, mas infelizmente para adquirirmos no Brasil são muito caros.

Nem tudo é perfeito. Como tudo na vida, sempre há o lado positivo e o negativo das coisas.